Vilamoura é um território sobejamente conhecido para muitos portugueses, e também lá fora, sendo um dos destinos de férias mais populares de Portugal. Encontra-se a pouco mais de duas horas de carro de Lisboa e pertence à freguesia de Quarteira (Loulé), sendo conhecida, por exemplo, pela enorme marina e pelas praias. E além dos turistas, e visitantes ocasionais, a verdade é que vivem em Vilamoura – são 1.700 hectares, o equivalente a oito vezes o tamanho do Mónaco – cerca de 11 mil pessoas. É um território com muita história, tendo tido vários “proprietários” ao longo dos anos, estando atualmente nas mãos da Vilamoura World (VW), que é “dona” de dois negócios: a gestão da marina e praias e da parte imobiliária. O que se pode esperar de Vilamoura nos próximos anos? Que projetos há em vista? O idealista/news foi descobrir e conta tudo agora nesta reportagem.
Esteve nas mãos da norte-americana Lone Star e, antes, de André Jordan. Uma história que teve início em 1965, quando Cupertino de Miranda - na altura presidente do BPA, que mais tarde foi comprado pelo BCP - adquiriu um terreno agrícola com 1.700 hectares. Muita coisa mudou desde então. João Brion Sanches é agora o rosto mais visível de Vilamoura, sendo CEO da VW, que no final de maio de 2021 foi adquirida por um grupo de investidores portugueses – um co-investimento entre este grupo de investidores e o fundo de investimento da Arrow Global, que detém em Portugal a Norfin e a Whitestar Asset Solutions.
“Acreditamos muito em Vilamoura como destino, como localização muito nobre para imobiliário de qualidade e imobiliário turístico e residencial, e portanto queremos voltar a ser aquilo que em tempos Vilamoura já foi, que é uma grande promotora. Temos outra vez a ambição de sermos um grande promotor imobiliário”, revela ao idealista/news João Brion Sanches em entrevista no local.
Que projetos imobiliários podem sair do papel nos próximos sete anos? O CEO da VW adianta que o business plan da empresa prevê cerca de “400 milhões de euros em investimento, em promoção imobiliária”, e aponta para a construção de mil habitações. Na calha está ainda a construção de projetos relacionados com a saúde e o bem-estar, como por exemplo de residências seniores.
Sobre a tão falada (e polémica) Cidade Lacustre, que depois passou a designar-se Vilamoura Lakes, o gestor lembra que é um projeto que ficou pelo caminho, apontando à construção nesse mesmo terreno de alguma urbanização, mas sempre enquadrada com o ambiente e com muita qualidade.
Um projeto residencial já a arrancar
O primeiro empreendimento a nascer já sob “o comando” da nova administração da VW é o Vilamoura Parque. Trata-se de um projeto com 40 unidades – 30 V2 e 10 V3 – que será construído ao lado do Central, sendo que cada casa terá, por exemplo, piscina privada.
De acordo com Miguel Palmeiro, administrador da VW com o pelouro comercial, “as obras estão previstas iniciar a partir do início do segundo trimestre de 2022” e devem durar “24 meses”, devendo o projeto estar concluído “no primeiro semestre de 2024”.
Marina vai ser maior
Também a marina de Vilamoura, considerada a melhor do mundo em 2021 e para muitos o ex-libris da região, deverá sofrer obras em breve, estando prevista uma expansão que visa criar 68 postos de amarração, com o objetivo de receber mais embarcações de grande porte.
Isolete Correia, administradora da VW e responsável pela gestão da marina e das praias de Vilamoura, lembra também em entrevista que a marina recebe, de outubro a março, “equipas olímpicas de muitos países, cerca de 50, para treinarem”, aproveitando as condições climáticas do país e das águas portuguesas. “É uma atividade interessante não só para a marina de Vilamoura, porque dá movimento, mas também para a economia local, porque vêm os treinadores, os atletas, as famílias. Dá muita vida nesta altura do ano em que as coisas estão mais paradas”, conta.